Embora a Produção Lean tenha se popularizado tremendamente a partir dos anos ’70, principalmente depois da primeira crise do petróleo (1973), suas origens remontam aos anos ’40, após o final da II Guerra. Se os Estados Unidos, como país ganhador de uma guerra que não aconteceu em seu território e conseqüentemente preservou sua indústria, começou a viver talvez o seu período de maior afluência, o Japão, como país perdedor, saía da IIGGM com a moral de seu povo baixa e uma escassez severíssima de recursos.
Em 15 de agosto de 1945 o Japão perdeu a guerra; esta data, entretanto, também marcou um re-início para a Toyota. A Toyota era uma empresa que tradicionalmente produzia teares para a indústria têxtil. Começou a produção de automóveis em 1934, sendo que em torno de 1940 interrompeu sua produção de veículos de passeio para apoiar o esforço nacional de guerra, produzindo apenas caminhões. Quando terminou a IIGGM, o líder da empresa à época, Toyoda Kiichiro, o presidente, falou: “Alcancemos os americanos em três anos (em termos de produtividade). Caso contrário, a indústria automobilística japonesa não sobreviverá”. Isso significava aumentar a produtividade japonesa por 8 ou 9, o que não é de fato tarefa fácil. Trabalho que estava sendo feito por 100 trabalhadores deveria então passar a ser feito por apenas 10! Para realizar essa missão, os executivos da Toyota concluíram que tinham de conhecer os métodos americanos (e ocidentais em geral) de produção (Ohno, 1988). Mas Ohno e seus colegas perguntaram-se: será mesmo que uma americano é capaz de um esforço físico 10 vezes maior que um trabalhador japonês? Por certo os japoneses estavam desperdiçando alguma coisa. E uma coisa que não podia acontecer num ambiente de recursos escassos como o Japão do pós-guerra é desperdício. Se fossem capazes de eliminar todo e qualquer desperdício, a produtividade se decuplicaria.
E esta tornou-se a pedra fundamental do Sistema Toyota de Produção, re-nomeado mais tarde como Just in Time.
Neste período, a indústria japonesa ganha níveis de competitividade sem precedentes em sua história. Para surpresa geral dos gestores ocidentais, após o boom do consumo pós-guerra, os produtos japoneses apresentam níveis superiores de desempenho aos dos concorrentes ocidentais em preço e qualidade. O resultado, para a sociedade americana, foi logo sentido. Fábricas foram fechadas e milhares de pessoas perderam seus empregos.
Fonte: CORRÊA, H.L.; CORRÊA, C.A.. Administração da Produção e Operações. São Paulo: Atlas, 2007.
Confira um resumo da história da Produção Lean em:
http://www.youtube.com/watch?v=cP-3y3-DxeI&feature=youtube_gdata
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
domingo, 28 de novembro de 2010
O que é Mapeamento do Fluxo de Valor?
Fluxo de valor é toda ação necessária desde a aquisição da matéria-prima até os braços do consumidor.
O Mapeamento do Fluxo de Valor é uma ferramenta que auxilia no entendimento do fluxo de material e de informação na medida em que o produto segue o fluxo de valor. Ela consiste em desenhar cada processo de produção de um produto desde o consumidor até o fornecedor.
O Mapeamento do Fluxo de Valor é uma ferramenta que auxilia no entendimento do fluxo de material e de informação na medida em que o produto segue o fluxo de valor. Ela consiste em desenhar cada processo de produção de um produto desde o consumidor até o fornecedor.
Kanban, Kaizen, Tempo Takt?????
Dúvidas quanto as ferramentas, técnicas e conceitos lean? Consulte o wiki
https://producaoenxuta.wiki.zoho.com/
https://producaoenxuta.wiki.zoho.com/
O que é Produção Lean?
O tema Produção Lean ou Manufatura Enxuta,também conhecido como Sistema Toyota de Produção (STP), teve início na década de 1950, no Japão, mais especificamente na Toyota. De acordo com Womack et al. (1992), foram Eiiji Toyoda e Taiichi Ohno, da Toyota, que perceberam que a manufatura em massa não funcionaria no Japão e, então, adotaram uma nova abordagem para a produção, a qual objetivava a eliminação de desperdícios. Para conseguir esse objetivo, técnicas como produção em pequenos lotes, redução de set up, redução de estoques, alto foco na qualidade, dentre outras, eram utilizadas. Essa nova abordagem passou a ser conhecida como Sistema Toyota de Produção (STP). Apesar do STP muitas vezes ser entendido como algo novo, na verdade, muitos de seus princípios são trabalhos de pioneiros como Deming, Taylor e Skinner (James-Moore & Gibbons,1997). O STP foi popularizado no ocidente por Womack
et al. (1992). Esses autores denominam o STP de Manufatura Enxuta.
Atualmente coexistem várias definições para a Manufatura Enxuta (ME). Womack & Jones (1998), por exemplo, definem ME como uma abordagem que busca uma forma melhor de organizar e gerenciar os relacionamentos de uma empresa com seus clientes, cadeia de fornecedores, desenvolvimento de produtos e operações de produção, segundo a qual é possível fazer cada vez mais com menos (menos equipamento, menos esforço humano, menos tempo, etc.). Segundo Shah & Ward (2003), a abordagem da ME engloba ampla variedade de práticas gerenciais, incluindo just in time, sistemas de qualidade, manufatura celular, entre outros. Ainda de acordo com esse autor, o ponto fundamental
da ME é que essas práticas devem trabalhar de maneira sinérgica para criar um sistema de alta qualidade que fabrica produtos no ritmo que o cliente deseja, sem desperdícios.
A partir de características da ME citadas por diversos autores sobre o tema e no intuito de fornecer uma definição mais precisa para a Manufatura Enxuta, Godinho Filho (2004)apresenta a ME como um Paradigma Estratégico de Gestão da Manufatura (PEGEM), ou seja, define a Manufatura Enxuta como um modelo estratégico e integrado de gestão, direcionado a certas situações de mercado, que propõe auxiliar a empresa a alcançar determinados objetivos de desempenho (qualidade e produtividade); paradigmas esses compostos por uma série de princípios (idéias, fundamentos, regras que norteiam a empresa) e capacitadores (ferramentas, tecnologias e metodologias utilizadas).
Texto extraído de FILHO, M.G.; FERNANDES, F.C.F..Manufatura enxuta: uma revisão que classifica e analisa os trabalhos apontando perspectivas de pesquisas futuras. Revista Gestão e Produção, v.11, n.1, p.1-19, 2004.
et al. (1992). Esses autores denominam o STP de Manufatura Enxuta.
Atualmente coexistem várias definições para a Manufatura Enxuta (ME). Womack & Jones (1998), por exemplo, definem ME como uma abordagem que busca uma forma melhor de organizar e gerenciar os relacionamentos de uma empresa com seus clientes, cadeia de fornecedores, desenvolvimento de produtos e operações de produção, segundo a qual é possível fazer cada vez mais com menos (menos equipamento, menos esforço humano, menos tempo, etc.). Segundo Shah & Ward (2003), a abordagem da ME engloba ampla variedade de práticas gerenciais, incluindo just in time, sistemas de qualidade, manufatura celular, entre outros. Ainda de acordo com esse autor, o ponto fundamental
da ME é que essas práticas devem trabalhar de maneira sinérgica para criar um sistema de alta qualidade que fabrica produtos no ritmo que o cliente deseja, sem desperdícios.
A partir de características da ME citadas por diversos autores sobre o tema e no intuito de fornecer uma definição mais precisa para a Manufatura Enxuta, Godinho Filho (2004)apresenta a ME como um Paradigma Estratégico de Gestão da Manufatura (PEGEM), ou seja, define a Manufatura Enxuta como um modelo estratégico e integrado de gestão, direcionado a certas situações de mercado, que propõe auxiliar a empresa a alcançar determinados objetivos de desempenho (qualidade e produtividade); paradigmas esses compostos por uma série de princípios (idéias, fundamentos, regras que norteiam a empresa) e capacitadores (ferramentas, tecnologias e metodologias utilizadas).
Texto extraído de FILHO, M.G.; FERNANDES, F.C.F..Manufatura enxuta: uma revisão que classifica e analisa os trabalhos apontando perspectivas de pesquisas futuras. Revista Gestão e Produção, v.11, n.1, p.1-19, 2004.
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